Pesquisa quer mostrar uso da moringa como alternativa na suplementação animal

24/05/2023 - 7:27 - Pesquisa

Fonte: Gilmar Hernandes

Pesquisadores em uma das visitas ao plantio de moringa

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Avaliar o acúmulo da curva de proteína, o espaçamento para o plantio, período de corte e estabelecer a deficiência nutricional são os principais pontos pesquisados da planta chamada moringa, cujo nome científico é Moringa oleifera. O estudo é desenvolvido pelo Grupo de Estudos em Fruticultura e Produção Sustentável, com a participação de acadêmicos de Zootecnia e do programa de pós-graduação em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), além de estudantes do ensino médio por meio do Programa de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr).

Nativa da Índia, a árvore cresce em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Por ser rica em nutrientes presentes em suas folhas, vagens e sementes, a planta é altamente valorizada. “Tem vários estudos da planta na parte de alimentação animal e na parte de suplementação humana e também medicinal. Vamos tentar desidratar as folhas para agregar valor a ela, junto a alimentação animal, que é altamente produtiva. A gente também vai avaliar a vida útil desse experimento, como verificar quanto tempo teremos de iniciar um novo plantio”, destaca o coordenador do programa de pós-graduação mestrado e doutorado em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária da Católica, professor Denilson de Oliveira Guilherme.

A médica veterinária, Rafaela Thaís Benedito Alves, doutoranda no programa de pós-graduação em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária da Católica, ressalta que a pesquisa desenvolvida por ela busca destacar a importância o uso da moringa para a alimentação animal, com intuito de baratear a alimentação e ter um alimento alternativo, principalmente na época da seca.  “Essa primeira fase busca ajudar o produtor na maneira de plantar a árvore na propriedade, assim como verificar qual o espaçamento adequado utilizar entre as árvores, qual a altura para realizar a poda e também a melhor época para o procedimento. Com isso, quando a gente chegar para conversar com o produtor já poderemos contar para ele qual o ponto ideal para trabalhar com essa planta e não perder tempo!”, explicou a pesquisadora. 

Já o acadêmico do 3º semestre de Zootecnia, Edmar Alves da Silva, ressalta que pesquisa o desenvolvimento da planta e o nível de proteína que ela oferece. “Com isso podemos determinar o melhor ponto de corte, oferecendo o que a planta tem de melhor. Seis meses de pesquisa a campo, fazendo a coleta e gerando dados para alimentar uma planilha e determinar assim a melhor fase da planta”, conta o acadêmico, que acrescenta a importância de ter a possibilidade de se formar e ter uma pesquisa no currículo.

Experimento

O estudo, realizado na Fazenda-Escola da UCDB desde dezembro de 2021, conta com cerca de 900 pés plantados no ponto de corte em quatro tipos de espaçamento e alturas de poda. No final do mês de março deste ano, essa área foi dobrada com um novo plantio. “Percebeu-se que o melhor espaçamento entre as unidades é de um metro para garantir a qualidade da folha e o tamanho da árvore, pois vai se desenvolver sem atrapalhar a outra árvore”, completou o professor Denilson. 

Nesta semana, os pesquisadores irão concluir o terceiro corte na produção da moringa, que leva seis meses para crescer e a florada indica o período da poda. “O caule é cortado e as folhas são retiradas e colocadas para secar durante três dias. Após isso são trituradas, sendo uma parte segue para estudo em laboratório e a maior parte é estocada para ser dada aos animais como suplementação da alimentação em substituição ao farelo da soja”, ensina o docente.

A pesquisa conta com o apoio da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que cede os carneiros para serem alimentados, já que possuem uma grande quantidade. Além de servir como alimento para os animais e como composto para produção de fármacos, a árvore também ajuda na proteção de solos degradados, sendo útil na recuperação ambiental. Uma alternativa para baratear o custo do plantio é o produtor rural fazer um consórcio com produtores de outras culturas.

 

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